Consciência negra

 

Cativo me faço toda vez que,

O silêncio traz a tona dores de dias vividos,

Nas mãos ignóbeis que aniquilam

Sonhos, despedaçando-os tal qual a flor despetalada pelo vento.

Corpos cansados,

Inanimados como o gelo

Entre os escombros da vida seguem, sem

Nada mais além das lágrimas de noites silenciadas e,

Com a alma nua e frágil.

Inerme a debalde existência

Anódino então à solene razão do existir.

 

N'alma as marcas das verdades invisíveis.

E na pele os golpes frios do açoite.

Grafado pela chibata aristocráta , elitista e racista, onde um

Reino obscuro e perverso impera, seu

Algoz domínio opressor.