V A N I A

Rio, 27/07/2001.

Vê como te amo!

As marcas trago-as comigo,

Não reclamei, Sou teu Amigo!

Inda por ti, ao Pai, supliquei,

A dor tremenda foi, mas suportei!

Coroa de espinhos ganhei,

Rosto lavado de sangue,

Inda meu lado furaram,

Sabor de fel meus lábios provaram.

Tamanha agonia Eu passei,

Injúrias tive por recompensa!

No lenho, por espetáculo, cravado,

Ao mundo exibido e ensanguentado.

Vitupério, tremendo, eu sofri,

As Mãos aos cravos abri,

Razão era o Amor que ardia.

E os pés atravessá-los senti,

Lança pontiaguda, lâmina fria.

Acometido fui sem dó!

Deus, o Pai, deixou-me só,

E por teus pecados, ali, morri!

Já ao terceiro dia ressuscitei

E as chaves da morte tomei!

Sou o Grande “Eu Sou”,

Único Deus que tudo criou...

Sabe e entende o quanto te amei!...

SEDNAN MOURA