R E N A T A
Rio, 09/06/2004.
Rebentos há na árvore desfolhada,
Está o inverno ficando para trás,
No campo o sol beija a grama orvalhada,
A passarada desperta em algazarra,
Toma o monte uma nuvem coalhada,
A esperança para frente olhar nos faz.
Caminhos sinuosos a mata a cortar,
Árvores (tão altas) parecem o céu tocar.
Vozeia a cachoeira uma canção,
As águas dos rios têm uma direção,
Lagos imensos, o céu estão a espelhar,
Como sumo de frutos formam um lagar.
As vagas brincam em alto mar,
Nos braços da praia, depois, vão descansar,
Tem o sol um caminho a percorrer.
Isto tudo, observando, podes ver!
Deu o Criador a cada coisa Seu Reger
E soprou ciência conforme Seu Querer!
A luz em meio às trevas mandou brilhar,
Laudas escritas nas folhas do vento,
Brindou-nos com este grande monumento,
Um Universo inteiro para perscrutar.
Qual isto não fosse o bastante ainda,
Uma Promessa nos dá que é infinda
E para firmar se interpõe com juramento,
Resgate do homem que havia caído...
Quanto no Pai doeu ao dar o Filho Querido?
Um madeiro tomado da árvore foi esculpido
E a Vítima, então, posta sobre o lenho!
Com Grande Amor te amado tenho!
Os sinais do vitupério estão em Mim!
Sou a Rosa de Sarom, a Estrela da Manhã!
Todo o poder está em Minha Mão!
Acorda! Desperta! Quero inteiro teu coração!...
SEDNAN MOURA