JUSSARA

Rio, 27/11/98.

Junto à fonte de águas vivas,

Um lindo lugar, tua sede sacias.

Sinfonia derrama a passarada,

Sentimento na entoada ouves fluir,

As árvores abrem um sorrir,

Ribomba ao fundo o trovão,

As nuvens choram de emoção.

Pasmada a relva contempla

E lançam perfumes as flores,

Responde o vento zumbindo

E o sol lentamente vai subindo,

Imponentes montes despertam,

Resplandecem suas belas cores.

As andorinhas vagueiam no céu

Sem rumo riscam o azul do véu,

A cachoeira de prata pintada,

Rompe de sua boca uma canção.

A graça sem medida derramada,

Imortalidade ao que buscar foi dada,

Vida sem medida ao coração,

A bandeira de vitória ensanguentada.

Recorda o tempo do teu passado,

Agora vê o que te tenho dado,

Muitíssimo ouro resplandecente,

Os teus pés irão pisar certamente,

Secarei dos teus olhos, o chorar, eternamente.

SEDNAN MOURA