J U L I A N A
Rio, 31/12/2007.
Junto às águas como cristal
Uma raiz brota vigoroso rebento,
Linda árvore se torna afinal;
Inda dá bons frutos a contento.
A Glória se deve ao Pai Eternal,
Na Sua Mão está o perfeito alento,
A Sua Graça nos farta do Seu Alimento.
Das lindas flores nos cheira o perfume,
A relva, tapete verde, então contrasta.
Há louvores da passarada que une,
O céu tem um azul que se alastra,
Riscam as andorinhas em vagueios,
As ondas beijam a areia em permeios.
Com voz surda o mar também canta,
As gaivotas soltam longos gemidos,
Vaga marulhando que tão alta se levanta
Acontecimentos ao paladar dos ouvidos.
Lenho angustiante teve a Pura Rosa!
Houve dor maior como a que eu tinha?
Espinhos da coroa feriram a testa, a minha.
Inciso corte da lança, ó dor copiosa!
Rasgou-me a alma, dei-me inteiro.
O teu Herói Eu Sou, te amei primeiro!
SEDNAN MOURA