FIM DE FESTA

Restos de cinzas de cigarros, os cinzeiros cheios de bitucas. A sala repleta de pessoas bêbadas conversando asneiras, ainda com copo na mão, outras dormindo em sofás e até pelo chão. A caixa de som ainda entoando um brega e o dono da casa dormindo em um colchão num canto da sala.

(F)oi formidável a festa

      que começou pela hora do almoço e só terminou na manhã seguinte.

(I)mpossível ninguém

    não ter gostado, muita bebida, muita comida e música tocando sem parar.

(M)elhor seria não comentar

mas o despreparo se estabeleceu ali, aqui prá nós, não é de bom alvitre uma festa assim.

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(DE) vez em quando um desacerto

entre alguns convidados por conta do excesso de bebida, mas tudo logo era resolvido.

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(F)ez-se silêncio total

quando alguém declarou: a festa acabou, cada um para suas casas.

(E)ra já oito da manhã

e a dona da casa, que não bebe, arretou-se e deu a ordem.

(S)em nada dizer

o babaca do marido, bêbado, apenas olhou para a esposa bem sério.

(T)inha todos os motivos

a mulher para reclamar, já estava farta de tanta bebedeira.

(A) rotina agora vai mudar

e aqui nesta casa não quero mais festa, foi taxativa a mulher.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 16/08/2020
Reeditado em 16/08/2020
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