FIM DE FESTA
Restos de cinzas de cigarros, os cinzeiros cheios de bitucas. A sala repleta de pessoas bêbadas conversando asneiras, ainda com copo na mão, outras dormindo em sofás e até pelo chão. A caixa de som ainda entoando um brega e o dono da casa dormindo em um colchão num canto da sala.
(F)oi formidável a festa
que começou pela hora do almoço e só terminou na manhã seguinte.
(I)mpossível ninguém
não ter gostado, muita bebida, muita comida e música tocando sem parar.
(M)elhor seria não comentar
mas o despreparo se estabeleceu ali, aqui prá nós, não é de bom alvitre uma festa assim.
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(DE) vez em quando um desacerto
entre alguns convidados por conta do excesso de bebida, mas tudo logo era resolvido.
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(F)ez-se silêncio total
quando alguém declarou: a festa acabou, cada um para suas casas.
(E)ra já oito da manhã
e a dona da casa, que não bebe, arretou-se e deu a ordem.
(S)em nada dizer
o babaca do marido, bêbado, apenas olhou para a esposa bem sério.
(T)inha todos os motivos
a mulher para reclamar, já estava farta de tanta bebedeira.
(A) rotina agora vai mudar
e aqui nesta casa não quero mais festa, foi taxativa a mulher.