DIÁRIO DE POEMAS
De repente, ela chega sem marcar hora,
Inesperadamente assim de surpresa.
Áspera, rude, entra e não vai embora;
Repicando os versos sobre a mesa.
Instantes de um silêncio profundo...
Olhando fixamente nos olhos do poeta.
Deixa explicita de que quem manda é ela
Ergue sua voz totalmente autoritária.
Põe a pena com firmeza na mão do vate,
Ordenando aos gritos: ANDE LOGO ESCREVA.
Eu me ponho cabisbaixo e então, obedeço,
Muitas vezes calado eu digo não mereço.
A inspiração é assim, vem, pisa e judia...
Sabe que sem ela, não tem poeta, nem poesia!