CLAUDIO BARONI

Rio, 04-06/10/89.

Como o mato se encurva ao vento,

Lá no alto do monte,

A areia é molhada pelas ondas do mar,

Uma andorinha vai no seu vaguear,

Do mesmo modo o que volta em lamento.

Instrui ao teu amigo no caminho andar

O homem tem em Mim a Ponte.

Sou Aquele que pode ligar

Com o Pai, única fonte!

Há tempo para todas as coisas

Um o do colher, outro do semear

E mais altas que o nível do mar, estão as fontes!

Lindo é o entardecer no horizonte!

E a passarada, numa sinfonia,

Repicam com seus cânticos ao findar o dia...

Basta olhares: os rios correm em direção ao mar,

As árvores, do vento, ouvem o acalanto,

Rindo adormecem ouvindo o seu canto.

O sol está a se esconder detrás do monte,

Num grande sorriso, mostrando que a Fonte

Inda amorosa a tudo está a embalar...

SEDNAN MOURA