CELINA POETISA

Rio, 25/09/2008.

Como alegria das crianças em farra

E risos de felicidades nas cantigas

Lembradas nas saudades revividas

Inda nas prosas didáticas se agarra

Na mente aflora poesias escondidas

A poetisa em rimas é como um vulcão.

Razões se avolumam sem razões

Onde o tempo inspira doce canção

Sem fim, eles perdem as emoções,

Agarrados as lógicas sem alicerces.

Mas se fundamentam na suposição

Alegando um conhecer profundo

Como cegos não veem com o coração,

Há o imaterial além deste mundo,

A estultícia desta ciência faz cegar

Dando ao homem a bengala por troféu

O seu fim é a perda do desejado Céu.

Muitas imaginações há no homem

Irmãos contra irmãos lutam, é a guerra...

Rabiscam leis e depois as deixam

Acordos fazem e mais tarde se queixam

No ser há um grande vácuo que berra

Dúvidas na alma os consomem

As estultícias famintas os comem.

Do riso abraçam a plena loucura

Onde o bicho no ardente não morre

Só ais que penetram e minam a criatura.

Sob a ponte a água silenciosa corre,

A andorinha chilreia no céu a voar,

Nos campos as flores salpicam a relva

Todos os olhos andam a se regozijar.

O alvorecer se mostra a cada manhã

São como poesias que fazem chorar...

SEDNAN MOURA