MENSAGEM À FRANCE EUNICE

 

Se tudo isto que eu estou vivendo

É um sonho lindo, mas impossível,

Prefiro continuar sonhando

A encarar a fria realidade!


Jadilton Marques
 

Foste a primeira mulher da minha vida,

Rainha do meu Castelo de Sonhos Dourados;

Amei-te intensamente, ó mulher querida,

Nunca escondi que fui teu apaixonado!...

Com imenso pesar faz a saudade sofrida
Eu relembrar aquele sublime passado

Em que eu te amei com toda devoção!
Um dia olhando em teus olhos de meiguice 
Não pude me conter: Te dei meu coração
Inconseqüentemente. E eu também te disse
Com voz trêmula: “Tu és minha paixão,
Eu te amo muito, ó meiga France Eunice!”

 

Você, linda mulher, sem me explicar, riu-se

Ao me ouvir, e repentinamente fingiu-se

Zangada! Mas depois a mim num beijo uniu-se!

 

Teus beijos cálidos, teus cálidos abraços

Enlaçaram-me e extático, radiante,

Não conseguia te esquecer e nos teus braços

Ó paixão, queria estar a todo instante...

Rindo sempre e sempre preso nos laços

Invisíveis do Amor, ó nívea amante,

Onde só teus beijos ocupassem os espaços!
 

Melgaço, Pará, Brasil, 31 de janeiro de 1993.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo 
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ACRÓSTICO - Designa as composições poéticas nas quais certas letras formam uma palavra ou frase, no geral um nome próprio. Quando se juntam as letras iniciais, tem-se o acróstico propriamente dito, que se lê na vertical, de cima para baixo ou no sentido inverso. Se a combinação se processa no meio dos versos, tem o mesóstico; se no fim, o teléstico. Quando as primeiras letras compõem o alfabeto, tem-se o abecedarius ou o acróstico alfabético. Se o nome é formado da primeira letra do primeiro verso, da segunda letra do segundo verso, da terceira letra do terceiro verso, e assim sucessivamente, tem-se o acróstico cruzado. Pode assumir a forma de políndromo.