Fadas e gnomos, quando estás presente
povoam a minha imaginação
és mundo que encanta meu olhar silente
turbilhão alegre do meu coração.

Em tua triste ausência silencía o vento
e a noite estrelada chega a se apagar
divagando absorto vai meu pensamento
em ruas distantes tentar te encontrar

Relembro a menina, que agora ausente,
de risos e luzes vinha me inundar
com olhar viváz e humor eloquente
ao ficar distante me fez silenciar

Núvens se perderam neste andar distante
sem serem notadas pelos olhos meus
não serão, então, montros e elefantes
numa "parabólica" dos devaneios teus

Antes eu não tinha motivos de mágoa
mas tua partida fez tudo mudar
e nos olhos meus, hoje, tão cheios d'água
maldigo tua escusa para me deixar

Nego que um dia morri de saudades
essa inverdade nego e negarei
um dia morri, isso é bem verdade,
mas pela saudade de ti, retornei.

De longe, menina, senti tua falta
e algo em minha alma se rompeu de vez
na ausência tua que a meus olhos salta
busco esperanças presas num talvez

Anoiteço triste desejando o dia
que minha saudade possa, então, findar
e meu ser tristonho, cheio de afasia
resplandeça em vida ao te ver voltar.

(12/05/94 - Parauapebas/PA, 06h05 - à F.L.)

 
Gaby Faval
Enviado por Gaby Faval em 12/07/2020
Código do texto: T7004043
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