ASSOMBRAÇÃO
(A) luz se apaga,
. . . lá fora a noite é fria, aqui dentro o agasalho me protege
(S)ou agora um refém do medo
. . . imaginando figuras que começam a deixar minha mente
(S)ão ilusões vivas
. . . então transformadas em realidade para me atormentarem
(O) meu medo me domina
. . . e as sombras infestam as paredes do quarto, parece dançarem
(M)e contenho, não grito,
. . . fujo de mim mesmo em busca do meu outro eu, mais forte
(B)usco sem sucesso
. . . uma tranquilidade nesta minha solidão envolta em mistérios
(R)ezo com fervor
. . . para que os espectros desapareçam e me deixem em paz
(A)s sombras se afastam
. . . e eu fecho os olhos, a mente absorve de volta tudo aquilo
(C)om a calmaria
. . . me sinto melhor, o pavor não mais existe no meu quarto
(A)lívio, afinal,
. . . tudo volta ao normal, minha mente enfim prendeu os vultos
(O) sono não tarda,
. . . a noite fria vai me deixar dormir o sono dos justos