M E I A . . N O I T E
(M) eia noite no meu quarto,
. . . o relógio da cabeceira da cama mostra claramente a hora.
(E) ntre a cômoda e o guarda-roupa
. . . um vulto estranho parado no escuro me deixa em pânico.
(I) nstantes de medo,
. . . mesmo assim tento me conter e controlar meus nervos.
(A) cama parece se mexer
. . . e o vulto também se mexe, não consigo mais ficar calmo.
. . . Respiro fundo e grito.
(N) ada acontece no quarto.
. . . Silêncio total, gritei em vão, pois estou sozinho, quem me ajudaria?
(O) uço um pequeno barulho,
. . . noto a janela aberta, um calafrio percorre meu corpo já trêmulo.
(I) nspiro e expiro forte,
. . . mais uma vez olho o relógio, parece parado, ponteiros juntos, meia noite.
(T) udo parece calmo agora,
. . . a luz da lua penetra e ilumina o quarto, eu vejo a capa em vez do vulto.
(E) ra o vento que fazia ela mexer-se,
. . . já posso dormir tranqüilo, a lua me ajudou com sua claridade.