ACRÓrúSTICO

Oh noite de prazer morbígeno e infeliz, que

Brinde ergueremos por vosso encanto vil!

Síntese mordaz de vidas doces

Cheias d'um amargo vazio, tua mente

Urdindo visões, sonhos pérfidos, todos

Reminiscência de feitos falidos no teu

Alvor juvenil! Não, não se vá noite, deleite-nos!

Não nos prive de vosso improfícuo baile

Opulento, de máscaras gastas, corroídas, onde a

Xerodermia roça-lhe à alma e tu deleita-te.

Naldo Cinzas (Zine ACRÓrúSTICO)