ENTRE O TEMPO E A POESIA

Como uma ideia metafísica de fotografia
a poesia é o meu espírito e escrevo-a
com a alma mais alegre...e sem sossego,também...
com versos carregados de paixão e verdade
e tratando tudo como metalinguagem...
o que me seduz...da mesma forma que teu corpo
amor...que não quero perder para continuar a escrever.
Sinto a minha poesia como a minha água de beber
de banhar...meu mel,minha carne,meu vinho,meu infarto,
meu colapso,todos os caminhos...família conjugada às letras
que formam palavras que aplaudem ou riem de mim como se
fosse eu,um Pedro,o Coxo,porque a minha poesia não é mais
a do teatro,do cinema em super 8 ou mesmo da pintura.
A minha poesia é a arte que cultivo como sangue que o meu
corpo percorre e leva-me para universos onde encontro poetas
livres,líricos,apaixonados pela necessidade de revolução entre os olhares,de cumplicidades como no momento de fazer amor,tão delicioso momento como recitar versos
meus,versos teus e tão meus quanto o teu corpo poesia.
Vejo tudo e mesmo na escuridão do tempo oro sempre à poesia e revoluciono-me com os versos que construo...
com os versos que leio ou ouço e aqueles que encantam e que levo para casa...como pão para alimentar-me...
e fico a pensar que todos são versos construídos por almas de mulheres bravas...e de homens que não sabem ler
a vida como presente nos versos tão essência de renascer
não em templos de ódio...mas,nas fontes embriagantes das águas de reviver...

Cezar Ubaldo Araújo.

ENTRE O TEMPO E A POESIA

É sangue que corre nas veias
Na chama que incendeia
Toca alma e coração
Resiste ao tempo
E corre como o vento

Os versos te alimenta

Te sustenta o espírito
E ao som do próprio grito
Modifica um coração aflito
Para levar a emoção
Ouvindo tua bela canção

É fonte de água viva

Assim te motiva

Percorrer pelos caminhos
Olhar para os espinhos
E ver a beleza da rosa
Sorrir de forma gostosa
Irrigando o mundo com poesia
A cada segundo viver a alegria.


Angelica Gouvea