Realismo Relativo Rebuscado

Ratos flautistas, questão de perspectiva. Lindo, magnífico

Elegante para ti um horror para mim. Água translúcida

Acalentada sede, que apenas eu sinto. Mundo exterior

Limitado por um véu. Interior rico e pobre, seco ou chuvoso

Imagem triste e feliz. Moldura de quadro colorida

Sombra em um canto, uma outra cor para o daltônico

Matizes incompreensíveis, raízes de minorias

Ourivesaria chamada de joalheria

Rótulo de letrinhas miúdas. Representa ali, fórmulas

Ela e ela não gostam de ler. Abandonados

Lacaios de toda indumentária. Olhos cobertos por lentes

Alienados todos em seu próprio mundo. Subjetivo

Tarciturno, esquivo. Hora adora, hora odeia, de acordo

Inteligente com a questão que lhe cerca. Onde está o

Valor natural e real, nem um pouco romântico?

Orvalhos enxerga, ervas-daninhas enxerga

Ritmos e textos. Ouvidos e contextos, diversos signos

Esgoto lar doce, morada inseticida. Opaco, produtor de cequeira

Besbilhoteiro entende segundo, quer entender. Túnica

Urbana, insinceros métodos de convivência. Conveniente

Soro. Fechado os olhos ao que não deseja ver

Caída a cortina do teatro. Espetáculo com vários personagens e

Atos variados. Moral de estória raso e diverso. Melancólico

Diverdido, segundo o critério humorístico tristonho

Oras, mais o que é certo?

Helena de La Dauphin
Enviado por Helena de La Dauphin em 27/02/2020
Reeditado em 03/03/2020
Código do texto: T6875688
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