ANGÚSTIA NOTURNA

(A)s sombras noturnas disformes tentavam me intimidar, me enfraquecer

(N)ão conseguia identificar essas silhuetas tenebrosas e impertinentes

(G)esticulavam como loucos desvairados numa noite fria e incômoda para mim

(U)ma ou outra apresentava momentaneamente forma humana

(S)orrateiramente se aproximavam, minha sensação era de loucura

(T)inha essa impressão, mas me continha para meu próprio bem

(I)mportunavam-me com provocação tirando o meu sossego, minha calma

(A)inda podia me controlar mesmo com os nervos a flor da pele

 

(N)ada podia tirar a minha atenção, eu permanecia atento a qualquer ataque

(O) semblante dessas sombras ameaçadoras era assustador

(T)inham a noite como parceira, temiam a luz do sol, o luar as ajudava

(U)m sussurro debochado entre elas não chegava a me desanimar

(R)espirava com dificuldade e procurava demonstrar que não estava com medo

(N)ão demorou muito essa aflição, a madrugada fria se aprofundava

(A) luz do sol enfim surgiu e as malditas sombras desapareceram

 

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 19/02/2020
Reeditado em 06/04/2023
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