ANGÚSTIA NOTURNA
(A)s sombras noturnas disformes tentavam me intimidar, me enfraquecer
(N)ão conseguia identificar essas silhuetas tenebrosas e impertinentes
(G)esticulavam como loucos desvairados numa noite fria e incômoda para mim
(U)ma ou outra apresentava momentaneamente forma humana
(S)orrateiramente se aproximavam, minha sensação era de loucura
(T)inha essa impressão, mas me continha para meu próprio bem
(I)mportunavam-me com provocação tirando o meu sossego, minha calma
(A)inda podia me controlar mesmo com os nervos a flor da pele
(N)ada podia tirar a minha atenção, eu permanecia atento a qualquer ataque
(O) semblante dessas sombras ameaçadoras era assustador
(T)inham a noite como parceira, temiam a luz do sol, o luar as ajudava
(U)m sussurro debochado entre elas não chegava a me desanimar
(R)espirava com dificuldade e procurava demonstrar que não estava com medo
(N)ão demorou muito essa aflição, a madrugada fria se aprofundava
(A) luz do sol enfim surgiu e as malditas sombras desapareceram