Sobre RUAS de LUZES, OBSCENAS E ARDIDAS.
DE RUAS E LUZES
Na ladeira da esquina,
ausente a Alma minha
--e sua--
e ao parapeito
uma sombra nua
--dormia--
me bateu uma saudade
da minha pele
--à tua !
(Poet ha, Abilio Machado.29.0907)
DE RUELAS E OBSCENAS
Na noite que ia,
fazia à Lua alcunha
--rua--
e ao leito
um agonizante
--gemia--
te deixou o tempo
de um ano ido:
à toca!
(Poet Ha, Abilio Machado.300907)
DE RUAZINHAS ARDIDAS
No escroto ardia
a fome de ilha
--só--
assim ficava
perdiudo ao que um dia
--lembrava ainda--
fê-lo gemidos
escondidos,
como o chute:
que doa!
(Poet Ha, Abilio Machado.011007)