Telma Vasconcelos

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Tempo que nos apavora os melhores desejos:

Eu, ajoelhado, faço um pedido e silencio...

Lembre sempre desse meu pedido, oh tempo;

Mostre-me a mulher que tanto desejo amar.

Amar: essência perdida ou busca sem fim?

Variações de uma flauta, sons que hipnotizam.

Avaliar o essencial não nos cabe a nós, nunca!

Somos apenas o espectro da vida que adunca,

Com o passar dos dias que não voltam nunca, não mais...

O alvorecer traz consigo o eterno, um novo abrigo.

Nossa! o amor é intangível ao mistério da tênue vaidade!

Como duvidar da vida se ela é dádiva e não castigo?

Erramos por torpes motivos e a desilusão não apraz.

Lembre-se, oh tempo, do meu pedido... Quero amar!

O amor dos deuses incorporado na minha mortalidade.

Sou a humilhação pedinte: quero ser feliz, sem maldade.

Fortaleza, 30 de setembro de 2007, 18h17min

Nijair Araújo Pinto