CT I
Centro
Eu preso, perdido no contratempo
Nocivo castigo é o meu temperamento
Traio a mim mesmo em meus pensamentos
Recebo setas e dardos contínuos
Oblíquos, em curva e retilíneos
Desordenam minhas linhas de raciocínio
Ecoando em tons de papel alumínio
Transcorro as horas
Respiro pesado
Imerso nas sombras
Assim como um náufrago
Grudado aos destroços, do meu próprio descaso
Espero dormindo, sonhando acordado
Meu espírito livre; encarcerado.