Acróstico revolucionário suicida
Vocifero no vácuo meu lamento
Oníricos desejos arquiteto
Um frame de dor por segundo
Mantém-me dopado e quieto
O teto pressiona meu corpo
Rasguei todos os calendários
Deus tirou férias do mundo
Estamos nas mãos de salafrários
Riem disso como déspotas ordinários
Anseio livrar-me da lábia
Lasciva lorota que trafega
Imploro ao mundo que apedreje
Não afague a mão que o cega
Guardei a minha espada por hora
Uma vez que não me convém lutar
Amaldiçoo aos vermes tiranos que por eras e anos ainda vão respirar.