Acróstico revolucionário suicida

Vocifero no vácuo meu lamento

Oníricos desejos arquiteto

Um frame de dor por segundo

Mantém-me dopado e quieto

O teto pressiona meu corpo

Rasguei todos os calendários

Deus tirou férias do mundo

Estamos nas mãos de salafrários

Riem disso como déspotas ordinários

Anseio livrar-me da lábia

Lasciva lorota que trafega

Imploro ao mundo que apedreje

Não afague a mão que o cega

Guardei a minha espada por hora

Uma vez que não me convém lutar

Amaldiçoo aos vermes tiranos que por eras e anos ainda vão respirar.

Michael Thomaz
Enviado por Michael Thomaz em 20/08/2019
Reeditado em 06/11/2019
Código do texto: T6724777
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