O AMANTE O LOUCO E O POETA

Três corações que batem em sentimento
identidade vinculo e amor 
todos pairam na sua alegria
na alma as vezes agonia
por lamurias choro e dor

O amante deleita se em prazer
nas volúpias de ilusão
entrega o próprio corpo
as luxurias que gelam o dorso
conduzido por infinda paixão

O louco sonha o impossível
tudo ver tudo pensa em desalinho
acompanhado se sente sozinho

E o poeta assiste e costura a historia
num atelier de arte em viés de harmonia
tecendo em fios de rimas arrematando 
e pespontando a poesia

Narcelio Santos


O AMANTE, O LOUCO E O POETA

O triângulo está formado

Ao poeta coube a definição
Mostrou o que cada um leva no coração
A energia dos seus proprios sentimentos
Na lucidez ou incensatez dos pensamentos
Trouxe para o amante a embriaguez das paixões
Entre o real e o imaginário o louco em desalinho

O poeta talvez seja o mais sensato

Leva um pouco de alegria, de paz, de amor
Onde sonha com um mundo melhor
Usa esta ferramenta e costura
Com as mãos, e coloca um pouco de fantasia
Olha, respira e busca em fim a harmonia.

E tudo nas mãos do poeta se transforma

Onde existe um poeta, um louco e um amante

Poesia não há de faltar
O que todos tem em comum
É não passar em branco
Tudo não escapa ao olhar
Ao conjugarem o verbo amar.

Angelica Gouvea