Em nome...
Meu cantar poderia ser
Alegre de versos outros onde
Reverso ocultaria o que de alma
Cativa não compreenderia o
Instante de um uivar, qual
Armadilha a dilacerar o
Lobo solitário que vive em mim
A poesia se faria ingênua
Nesse ledo buscar enganoso
Teria a morte um refúgio
Olvidando de minha natureza o
Nível justo que me traz equilíbrio
Incapaz de aniquilar de meu céu
O melhor de meu triste inferno
Meu cantar poderia ter
Alívio para um novo fingir
Razão que de coração nunca se tem
Capricho de poder escolher
Os amores em beijos roubados de tempos idos
Nos poemas bem rimados de outros espaços
Desenhados retos ao meu bel-prazer
Enamorados de nobres termos onde
Sentido não fulguraria o nome completo
Poderia eu fazer de meu cantar
Entre todos os outros feitos
Revelação de minhas fraquezas
Esconder a sete chaves as
Recordações imergidas em
Relento por noites mal passadas
A negar o bem que de minhas portas agora jaz abertas.
Marcial Antonio Marcondes Pereira