ÔNIBUS ERRADO

Lembro bem daquele dia

Impresso, grafado na memória

A amizade batia à nossa porta

Na esperança louca de entrar

Encontrou-a escancarada

Desse encontro casual

Ávida porta se abria

Vida e luz para ambos

Infinitas partículas

Lampejos e centelhas

A porta nos trazia

Demos passos errados

A maioria não, foram certos...

Cada instante que dividimos

O horizonte que caminhamos

São pedaços de uma vida

Traduzida em amizade

Aonde dois se tornam um

Dedicado a Liane D’Ávila da Costa. Nos conhecemos em Salvador num

ônibus errado pego por ela e fortalecemos nossa amizade em Porto Alegre

num ônibus errado pego por nós.