Saudade 3

S im, é viagem pensada em linhas mal traçadas,

A os pensamentos, que perambulam pela noite...

U so disso para concluir; falecem interpretações!

D e onde surgem novas idéias de assuntos antigos.

A o papel que acata ilusões, das idéias é purgatório.

D igo que elimina-se a culpa, reinventando-se;

E aos passos, recolho e tento juntar alguns pedaços;

Ao sentir a distância em que ela se encontra,

e onde, a passos idos, caminhos se cruzaram...

Por capricho, sem recordar; não havia busca!

Mas, a encontrei! E junto a ela, vi a felicidade!

Já esquecido o que procurava, restou a vontade;

O desejar tê-la junto; para ela, isso teve valor?

Sei apenas que lhe ofereci um sublime amor...

Assim, navego nas lembranças em tranqüilidade!

Falávamos que a morte é algo parecida

com afastar-se de alguém, em definitivo;

Se acaso não mais as encontrássemos,

as pessoas, coisas e lugares “morreriam”.

Desapareceriam em nossos pensamentos!

Mas, se em minha mente ela sobrevive...

Não seriam as pessoas, coisas e lugares!

Partes do nosso sentimento é falecem;

E um bom pedaço meu com ela se foi.

Ainda o vejo, falecendo, em continuada dor,

O que mais posso fazer, além destes versos,

além de soterrar com eles, efusivo amor,

deste coração, fragmentado e agonizante?

Já pensou na solidão como espécie de auto-flagelo?

Busco por ela dentro de mim, elevo-me até a sua vida.

Por ser livre em meus pensamentos, eu a encontro!

Ela sente, então, a profundidade deste meu amor!

Eu acordaria deste sonho, encontrando-a em sorriso...

Meu coração permanece resignado, esperançoso...

Sobrevivendo e orando pela sua felicidade.

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Julio Cesar da Silva
Enviado por Julio Cesar da Silva em 09/09/2007
Código do texto: T645530
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