TERRA, O CANTO DOS SANTOS NOMES
Homem, que tudo vês aí de cima?
Anda, vem cá! A vida é aqui.
Respira e toca. Fere e fira.
É disto que se trata viver...
º.º
Karma?
Recorda-te de quando criança,
Ias ao sítio que fosse.
Sem pestanejar, sorrias.
Nem um joelho ralado
Aborrecia um coração puro.
º.º
Há belezas em toda esquina,
Amor é que não falta.
Responde a ti o percalço:
Esperas o encontrar?
º:º
Know thyself,
Rememora o sábio!
Isso só há de acontecer
Se vives e te jogas
Nas peripécias de
Alma toda em risco.
º.º
Kalki ou Kukulkán?
Reinventa-se nomes,
Idílicos mundos e
Salvadores destemidos.
Nenhum destino persevera
Apesar de escondermo-nos.
º.º
Ku Klux Klan, Nazis, Xiitas,
Repetidos discursos de ódio -
Indras vem e vão.
Somente nós que ficamos,
Narasimhas encarnados;
Avatares do corpo humano.
º.º
Homem, vá! Joga-te
Algures do precipício d'alma.
Reúne em ti tais forças,
Escreve as linhas de teu ser!
º.º
Haverás de entender,
As maravilhas estão todas aí.
Refletidas no véu,
Eras d'ouro ou de ferro.
º.º
Hiranyakasipu,
Asura ou Deva,
Resgata teu tesouro -
Existir.
º.º
Rasga tua veste,
Assuma-te como és:
Mensageiro de Visnu
Acorrentado ao Samsara.
º.º
Heróis e vilões do mundo,
Ante o Ajanma sois só meninos.
Receptáculos do Atman
Em contornos de promessa...
º.º
Recebe-os, Radharani. Suplico-te.
Amável consorte de Prajapati,
Mostra-lhes que os passatempos
Acompanham sempre o mimo.
º.º
Reconhecidos no pranto -
Asterismos de teu afeto.
Menor que seja a contenda,
Amor sê-lhes berço onipresente.
º.º
Rebela-te, homem! Já.
Abre teu coração e entoa teu hino,
Meia vida - perfeita - não há:
Aprende Deus com erros teus.
º.º
Haverá depois? Não sabeis.
Antes disso, precisas viver.
Receio algum ou medo
Erguerá-se contra ti.
º.º
Herdeiros de Visvagarbha,
Amai-vos, por fim.
Recitai o sutra vencedor
Expresso em teu esforço!
º.º
Hernán I de Ariscadian - Terra, o Canto dos Santos Nomes.