LEMBRANÇAS

Que vida é esta? que me fazes chorar

Lamentar e aguentar as amarguras

Na agrura da alma que sofre

Noite escura, sombras que se escondem

Trazendo consigo a palidez do teu rosto

Rosto amado e acariciado

Iniciado no deleite do encontro

Encontro que se esvaiu em sopro

No transitório, temporário

Tempo, relógio cortante e desfigurante

Do meu viver deslizante

Ofegante, lembranças vibratórias

De um existir que se foi e se calou

Roubou meu coração

Secou, e reprimiu meu coração

Conduziu meu rumo para outras paragens

Lembranças mil, ficaram caladas no meu peito...