DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
D.e longíquas terras eles vieram, sem saber o que os esperava, em navios negreiros viajaram, presos as correntes que os amarravam,
I.nfelizes e sofridos, maltratados e reprimidos, de seus reinados
foram arrancados, em suas virtudes ultrajados,
A.qui eles chegaram, nossos antepassados, muitos de nós no sangue os temos, deles herdamos a garra e a cultura racial,
D.os navios para as senzalas, canaviais, e plantações, a nada tinham direito, só ao trabalho, seus cultos, reis e sacerdotes africanos escravisados e trazidos da africa para o brasil, exaltando aos seus deuses, clamando por clemência,
A.çoitados dia e noite sem dó nem piedade, assim eles viveram exclusos da sociedade
C.om a vinda da lei áurea isso se modificou, ganharam a tão sonhada liberdade, que a muitos assustou, não tinham mais seus senhores, trabalhos nem senzalas,
O.nde hoje estamos nós, os afro-decentes, a lembrar nossos parentes,
N.ão mais na humilhação, e sim, na luta contra a discriminação, que dizem não existir, mas que sabemos, todos nós que temos na pele, a melanina de nossos avós,
S.omos hoje instruídos, professores, doutores, alguns vivem em bairos nobres, muitos são ricos e ainda outros bem pobres,
C.om estudo, poderemos alcançar nossos ideais,
I.ndo em busca de ser alguém para essa história mudar, com orgulho de nossa raça, que com esse movimento se fortaleceu,
E.ste povo forte, que na história se revelou, sonhava com o quilombo e lá chegou, chefiados pelo valente N.egro Zumbi, que ali já nascera livre no ano de 1655, com missionários viveu e estudou com portugueses,
e seu nome até mudou, batizado e chamado de Francisco, pelos portugueses, mas mesmo assim, nunca deixou seus ideiais de liberdade, sua resistência anti-escravagista. por sua destreza e astúcia e estratégia militar, lutou resistiu enquanto pode, e lá morreu no dia 20 de novembro de 1695, e virou lenda, chamado pelos abolicionistas de herói e mártir,
C.ontemplamos os negros no Brasil de hoje onde a ética enviesada da sociedade conservadora e desigualitária, mantém-se ironicamente, subjugando o negro, oferecendo projetos onde desvaloriza o potencial de nossos irmãos afro-descendentes com projetos, onde dizem beneficiar os que se dizem da raça, não será também isso uma forma de descriminar?
I.njustificável complexo imposto aos negros, que nas camadas sociais são veladas ou ostensivas, pois que irõnicamente, à ascensão do negro é vedada por menor que seja, os orgãos públicos treinados para desdenhar e coibir qualquer manifestação, pois segundo a doutrina oficial, jamais acolhera qualquer forma de preconceito ou descriminação, se pagamos nossos impostos, temos consciência de nossos direitos a cidania como todos, assim como deveres, e cumprimos com desempenho, nossas funções.
A.gora a conquista por cada um de nós envolvidos pela promoção e luta da igualdade racial em nosso país, se faz necessária.
N.ós que somos chamados os afro–descendentes não devemos neste sentido nos empenharmos apenas em conquistar posições sócio-econômicas e políticas que nos levem a uma sub-posição e sim procurar junto com aos demais seguimentos étnicos, buscar a igualdade de oportunidades,
E.ntre todos e para todos, por meio a educação do trabalho, poderemos integrar a sociedade brasileira para que num futuro próximo, ser negro, ou afro-decendente no Brasil, seja. principalmente ser brasileiro,
G.randes, sofrimentos, rejeições, espancamentos, tudo isso já vivemos no passado, passamos muito tempo por de traz das cortinas, continuemo na busca lutando por nossos ideas, pois somos guerreiros, e como tal não desistiremos nunca,
R.enovemos nossas esperanças, nossas forças, e avancemos, com certeza, nos faremos ouvir,
A.proveitando o último “a” que sobrou desse acróstico eu me apresento a vocês, sou negra poetisa, esse é meu codnome, me chamo maria dos anjos, sim este é o meu nome, escrevo poesias que falam de de tristezas, de loucuras e amor, gosto de escrever em acrósticos, com palavras que rimem ou não, poesias, poemas, em verso ou em prosa, pela vida e pelo amor, meus escritos em prosa poética, eu os faço na alegria e na dor, também escrevo por opção de melhorar o dia a dia, escrevo com o coração, as palavras vem e eu às ponho no papel, acho que isso é um dom, que me foi dado do céu, por isto agradeço a deus nosso senhor, que em mim colocou todo seu imenso amor, para assim eu poetisar, do seu tão grande amor poder falar.
Este acróstico foi escrito no dia 16 de outubro de 2007
por Maria dos Anjos da Costa Santos Conceição,
residente em Porto Seguro – Bahia – Brasil
cujo nome de poetisa assina
Negra Poetisa