Chico Buarque de Holanda

Cadê Você Meu Caro Amigo?
Hoje um Pedro Pedreiro
Injuriado , não sei se porque Iracema Voou, disse-me
Cara a Cara, que em seu Chão de Esmeraldas,  Angélica esteve com
O Velho Francisco cantando o Último Blues na Capital do Samba.

Beatriz deu-me um Bom Conselho num Baticum na Beira do Mar.
Uma Menina, Essa Pequena, Cantanto no Toró encheu-me de Fantasia,
Ao contrário de Carolina de olhos fundos, Com Açúcar, Com Afeto fez uma
Roda Viva com Tantas Palavras, de Tanto Amar, num Chorinho quis saber 
Querido Amigo, onde estava o seu Retrato em Branco e Preto.
Uma Palavra, Trocando em Míúdos, É Tão Simples,
Ela Desatinou e pediu para afastar de si esse Cálice, que é o golpe parlamentar.

Desafio Malandro, Desde que o Samba é Samba
Eu e Você fazermos uma

Homenagem ao Malandro, mas prefiro
O Meu Guri, na
Linguagem do Morro e com
A Mão Limpa, escrever um Acalanto ao
Nicanor, Tipo Um Baião, com Todo Sentimento, Tua Cantiga,
De Todas as Maneiras, para que, Falando Sério
A Voz do Dono e o Dono da Voz tenha voz nesses dias de Ode aos Ratos.


Da série Homenagem aos Vivos e por extensão ao amigo e parceiro de letras, Fábio Brandão, o Príncipe dos Acrósticos. 

Imagem: Google