SERPENTEIO ENTRE RIMAS
Aceito a solidão como companhia
Caminho pela rua, cidadela vazia
Repito pela noite a mesma poesia
Ode ao insano que sou no mundo
Serpenteio entre as rimas, liturgia
Tateando o meu abismo profundo
Imito uivo de lobo torturado e só
Cravejado direto na alma sem dó
Abandonado pelo amor e na pior
Não sei se eu tenho alguma saída
Deve ser hoje meu retorno ao pó
Ocaso tão sinistro para uma vida
Aceito a solidão como companhia
Caminho pela rua, cidadela vazia
Repito pela noite a mesma poesia
Ode ao insano que sou no mundo
Serpenteio entre as rimas, liturgia
Tateando o meu abismo profundo
Imito uivo de lobo torturado e só
Cravejado direto na alma sem dó
Abandonado pelo amor e na pior
Não sei se eu tenho alguma saída
Deve ser hoje meu retorno ao pó
Ocaso tão sinistro para uma vida