Missionários Estradeiros
O vento sopra e enlouquece a biruta, rodopia o cata-vento e guia os “Missionários Estradeiros”, que vão rodando o mundo sob as rodas das suas motocicletas e beijando o vento com os bicos de seus capacetes.
M_issionários derrubam as distâncias e os tempos, entre as coisas e as pessoas
I_rmanados no mesmo sonho, seguem o ritmo do timoneiro comum; o coração
S_eduzidos pelo vento e guiados pelo sabor da liberdade, seguem o horizonte
S_onhos vão sendo vividos a cada paragem que se descortina através da viseira
I_rmanados, seguem ombro a ombro compartilhando caminhos, momentos e, as vezes; lágrimas
O_uve-se o ronco grave dos motores, que ao longe vem anunciando a harmonia de um coro sem igual
N_unca abandonam a prudência que a vida clama, mesmo contanto com pés de Hermes
Á_geis, mantém equilíbrio e controlam freio e acelerador, da motocicleta e deles próprios
R_iem despudoradamente, pelas alegrias ou pelas mazelas, cooptando até as almas mais pesadas
I_ncomodam-se com o veneno do mau humor e aceleram os antídotos para que a cura seja rápida
O_ram, cuidam e valorizam a natureza humana, a fauna e a flora
S_ingrando as estradas, não levam grandes bagagens. Apenas o suficiente para uma vida leve
E_nveredam-se por estradas
S_ob sol, ventos, chuvas e
T_emporais acachapantes
R_odam sempre em velocidade
A_baixo daquelas dos anjos que os protegem
D_ifícil sempre será para o leigo
E_ntender como pode uma motocicleta
I_rradiar tanta comunhão
R_eforçando e agregando amizades
O_blatando em profusão, através do motociclista,
S_implicidade, liberdade, respeito e o amor original.
Através desta singela poesia acróstica aos "Missionários Estradeiros MC", estendo homenagem a todos os Amigos Motociclistas.