O ANDARILHO REFLEXÕES SOBRE O SONHO.
O ANDARILHO
REFLEXÕES SOBRE O SONHO.
Terra estranha ao pensamento lógico e racional fica difícil prescrever o local de origem e sua real função, e lógico ou ilógico, e se distancia da razão aproxima se da emoção.
Ou talvez fruto da própria criação humana, presente passado e futuro se misturam. Místicos tentam desvendar, cartas, signos cartomantes, ocorre em uma velocidade que o relógio não calcula.
Estou La aqui ou acula, tudo se mistura vou e volto no tempo, encontro desconhecidos, esquecidos mortos ou sei La quem, nada disso importa, são múltiplas realidades em uma só mente.
O pensamento e mutável em uma mente em transformação e adaptação constante, presas a um corpo inerte, sonho sono ligações que se fundem e se separam em um espaço e tempo que não param para esperar os resultados dos acontecimentos.
Não sei se e bom ou ruim, pois na maioria das vezes nem me lembro dos acontecimentos, mas tenho a real sensação que tudo aconteceu de fato.
Vou e volto de múltiplas dimensões, conexas e reconexas, o seguimento quase nunca acontece, sou apenas energia em deslocamento que cria e recria algo que se torna concreto apenas dentro do meu eu, jamais podendo atingir o meu próximo mesmo que esteja deitado ao meu lado na cama.
Faço parte apenas dos meus devaneios, se e bom quero continuar, se e ruim me sufoco e desejo loucamente que passe logo, pois quando algo e muito ruim as pessoas esperam que sejam apenas sonhos para poderem acordar e seguir na sua realidade.
Tenho imagem, som, cheiro, sou rico sou pobre, esbanjo ou passo necessidade, em fim de que importa se quando acordar não trago nada comigo, nem carro nem ouro nem a pessoa que se materializa mentalmente em uma conexão imaginaria.
Às vezes mato, outras morro, me perco e me acho, outras vezes vejo alguém em sonho e no outro dia se materializa em minha frente, não sei se o sonho também uma realidade vinda de um plano distinto, sei apenas que enquanto sonho vivo uma realidade.
Cada experiência cria um novo paradigma, pode ser um recado de um mundo superior gerando uma onda cerebral de um entendimento maior, não sei se sei apenas luto comigo mesmo em uma jornada que às vezes me perco e me encontro.
Isso e viver, pois tem mistérios que nem a ciência explica, pois o que hoje e fato amanhã vem uma antítese e prova que tudo e devaneio de uma mente que vaga na multiplicidade de mundos desconhecidos.
Os caminhos se dividem e se unem, em uma vida cíclica presa entre o real e o imaginário e assim seguimos nossa jornada sem saber o que esta por vir, ora somos matéria e no momento seguinte algo volátil como nosso próprio pensamento impregnando a mente solidificada em outro corpo estático que vaga a nossa procura.
O sonho e uma realidade que pertence apenas a nos mesmos, se levamos em consideração os acontecimentos no mundo real e o mesmo que aplicar um calculo matemático em um problema pessoal, pois assim qualquer que seja o resultado só afetara a si próprio.
São múltiplas perguntas para pequenos momentos, talvez uma simples pergunta leva se uma vida inteira para se obter uma resposta, a multiplicidade de momentos condensadas em um fragmento de tempo e o mesmo que atravessar o oceano de bote.
Luz que luz, pois não existe sombra na escuridão de pensamentos desconexos em uma descontinuidade temporal, assim e o ser que vaga em busca de respostas sem ter no minimo a pergunta.
assim e o sonho, algo que nos induz e nos encanta, sabemos que pode ter acontecido mas a dimensão da resposta não se conecta ao momento da pergunta.
Por isso vagamos nos encantos de uma realidade multiplanica, pouco importa se tem explicação ou não, o que vale e o momento e o sentimento dele advindo, sem controle sem direção.
Vago. Vago em um infinito pessoal rumo ao nada, me prendo em uma dimensão que não se conecta em outra frequência se não por correntes de pensamentos, sou qualquer um, sou ninguém.
De que importa para o mundo se sou o criador de um mundo distinto, posso passar uma vida inteira tentando responder essa pergunta, mas não sei se quero, por ora prefiro continuar sonhando e me conectando a minha realidade por flashes de escuridão cósmica.
Paulo César de Castro Gomes.
Escritor, Graduado em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira Goiânia, pós-graduado em docência universitária pela Universidade Salgado de Oliveira Goiânia, pós graduando em Criminologia e Segurança Pública pela Universidade Federal de Goiás. (email. paulo44g@hotmail.com)