Mar, leva a saudade, o vento, menos ele...
Mar, leva a saudade, o vento, menos ele...
Mescla a saudade que revoa.
Alinhe a vida, que não passa sem ele.
Retorne e fluidifique o amor em mim de volta.
Leve a saudade, o vento, menos ele...
Esclareça o que vem e o que vai para sempre.
Venha e simplesmente povoe nesta poesia.
Adorne tudo que em mim embranquece.
A saudade, o vento, menos ele...
Seja como for, me leva sem vento, sem mar.
A estrada é livre e por ela divago.
Um dia hei de ver teus olhos com mais amor.
De que adianta se o mar te arrasta,
As ondas me esquecem,
De longe, pouco vejo?
Eu amo cada membro teu que se vai.
Orvalhos rociam as flores.
Venta, sinto frio...
Exageradamente o mar te leva.
Não existi por um segundo.
Tudo que morava em ti, viveu em mim.
Orvalhos borrifam as flores quase murchas.
Meu versejar molha o papel ligeiramente.
E a poesia fica sem poeta.
Neste mundo onde não há você.
O dia pouco floresce.
Saudoso e pela metade.
Eis que agora sou um vento sem graça.
Lavrando a minha volta para casa.
Eis que agora sou um vento que choraminga.
Luciana Bianchini
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