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A divindade se transfigura na mulher.

Nada de exageros, nada sem definição...

A natureza agiu em você com um toque.

Lúgubre é o homem que suporta,

Unicamente e sem fervorosa devoção,

Imaginar-se um segundo de solidão.

Zombe de mim, zombe de todos nós!

A herança da meiguice é arma atroz.

Barbárie! Seu sorriso destrói castelos.

A magia que dele jorra, dos seus elos,

Ganha hediondas penúrias da digladiação,

garantindo vitórias pacíficas, uma benção.

Imaginar-me por entre seus encantos...

Ostentar seu rosto, razão dos meus prantos.

Hera? Claro que existem raízes atávicas!

Elas, as deusas, não feneceram ao todo.

Resquícios vivos ainda povoam e, cálidas,

Beijam a maturidade infantil do cético povo.

Sou assecla e eternamente grato por tudo!

Todas as palavras... Todos os sorrisos...

Esperei pouco de uma breve vida, sei.

Resta-me um apelo: aceite-me como sei rei!

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 22 de maio de 2007.

17h26min

Obs.:

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