Tamara Cristina Faria Franco

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Teu corpo, ainda pudico,

Alimenta sonhos e gemidos...

Meiga, virgem de olhar casto,

A solidão pede algo mais!

Rebusque a verdade da busca,

Aceitando o convite do toque farto!

Carinhosamente... Seria assim?

Rastejando, buscando...

Iludindo... Seduzindo o frágil homem.

Ser-me-ia inútil imaginar a cena:

Ternura misturada com volúpia;

Imagens distorcidas pela emoção...

Nuvens de vapor emanadas dos corpos!

Ah, que delícia o torpor da sedução.

Far-me-ia um bem danado essa doação.

Ascenderia ao inerte tempo como louco!

Rasgaria o meu despudor e, por pouco,

Invadiria sua tela pelo obturador infenso.

Ai! Doeu... É o despertar do sonho.

Fecharei meus olhos novamente... Preciso!

Relutante, eles se cerram e, do abismo,

Angelicalmente desnuda, surge uma rainha.

Néctar – é esse o que meu sentido percebe...

Calor, cheiro de fêmea recém domada.

O que é a vida, além disso, espasmos e devaneios?

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 30 de maio de 2007.

18h23min