EU Errei...

Eu errei. Muito. Seria idiota da minha parte chegar aqui e te encarar com a cara mais cínica do Mundo e dizer fui perfeito. Longe disso. Te levei ao céu algumas vezes, mas te deixei no inferno noutras. Fui bem mais teu mal que tua cura. Esforçando para ser o melhor; sendo o pior. O cara certo. Certo para você querer longe. É só olhar os sorrisos e ter certeza de que houve muito Amor. É só lembrar os dias tristes e ter certeza dos deslizes.

Um ponto negativo para cada positivo.

Analisando friamente, eu não voltaria mim se eu fosse você. Eu nunca mais iria querer olhar na minha cara, mas sei que você não faria isso. Não por faltar coragem. Não porque você ainda me ama loucamente. Nem por conta de um extremo ou outro, mas porque, do jeito que você me olha, ainda enxerga uma chance pra nós dois.

Falando com o coração, então, é inevitável ainda me manter de pé na sua porta e insistir em nós dois. Sei que existe um pedacinho de tudo isso que vivemos de bom e uma disposição em substituir o que foi ruim por novas memórias. Boas memórias. Um futuro por escrever que vai compensar todo o mal que você passou.

Um mal que eu te fiz.

Eu sei que o meu passado não me ajuda. Depõe contra. Não adianta eu apelar para o que eu ainda sinto porque nessa história toda a maior prejudicada foi você. E agora que você diz não me querer mais, sei o quanto deve ser doloroso me ver aqui. Reavivo histórias, reativo sentimentos, reabro feridas.

Mesmo assim, diante de todo esse cenário e com tanto a jogar contra mim, eu persisto. Minhas promessas não valem de nada, mas acredito que só poderemos saber se tentarmos. Existe, sim, toda disposição do Mundo em te fazer feliz como você sempre mereceu. E merece. Existe ainda um Amor tão grande que só me deixa essa única opção: te pedir perdão.

Sei que não fui o melhor, mas ainda te amo.

Manuela Papale
Enviado por Manuela Papale em 13/04/2016
Código do texto: T5603968
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.