Equinócio de outono

Eis que as longas noites se anunciam

Quantas folhas secas eis que vejo cair

Unidas à vegetação seca, e se despe,

Inerme e silenciosa, tombam ao chão.

Noites se igualam, tempo e escuridão

Ostentam à natureza a sua submissão.

Com a noite chega à aragem ao solo

Intensa ação para receber a semente

O preparo para a vida e sua gestação.

Dos céus vejo a promessa de chuvas

Onde for, levará fartura e renovação.

Ouça o silêncio da quente atmosfera

Uma ânsia e calor se espalham no ar.

Tem gritos por chuvas na árvore nua

Os passarinhos ansiosos eu vejo voar.

Na noite brilham estrelas e a bela lua.

O dia, noite, sol, chuva, vida a renovar.

Roseleide Farias - Cabedelo-PB-