Presidente Jânio Quadros (O 22º Presidente da Republica no Brasil)



Político nascido em Campo Grande,MS em 25 de janeiro de 1917
Recebeu a faixa presidencial de JK em 31 de janeiro de 1961
Era filho do médico e engenheiro agrônomo Gabriel Quadros
Seu colega de escola foi o governador e ministro Ney Braga
Indo para São Paulo,foi morar nos bairros Santana e Vila Maria
Dedicou-se aos estudos e formou-se em Direito pela (FDUSP)*
Exerceu a função de professor de geografia e lecionou Direito Penal.
No ano de 1947 inicia sua carreira política como suplente de vereador
Tendo mandato cassado do PCB, assumiu cadeira na Câmara Municipal
Entre 48 e 50 ocupou este cargo e depois foi Dep. Estadual de 51 a 53

Jânio venceu eleições para governador de SP em 55 Ademar de Barros
A diferença na época foi de apenas 1% dos votos contra o adversário
Na sua gestão foi criado o Complexo Penitenciário do Carandiru.
Idealizou o símbolo da vassourinha em sua campanha presidencial
Os críticos o classificava como exibicionista,dramático e demagógico.

Quadros foi eleito presidente em 3\10\1960 em cinco coligações*
Uma vitória contra Marechal Henrique Lott por dois milhões de votos
A UDN sentiu-se insultada com uma condecoração a Che Guvara*
De sua gestão criou-se reservas indígenas como o Parque do Xingu
Regulamentou carteado e proibiu uso de biquínis no Miss Brasil
O pioneiro na lei da reforma agrária que não foi aprovada na época
Sindicâncias e inquéritos abriu em seu governo contra a corrupção.


Informações complementares:

• As coligações foram: PTN-PDC-UDN-PR-PL
* Ordem do Cruzeiro do Sul foi a condecoração
• No dia 21 de agosto de 1961 Jânio Quadros assinou uma resolução que anulava as autorizações ilegais outorgadas a favor da empresa Hanna e restituía as jazidas de ferro de Minas Gerais à reserva nacional.
• Quatro dias depois (25 de agosto) ministros militares pressionaram Quadros a renunciar.
• Carlos Lacerda foi um dos grandes articuladoes que causaram a renuncia do Presidente Jânio Quadros...
• O popular rádio jornal daquela época, o Repórter Esso, em edição extraordinária, no dia 25 de agosto, atribuiu a renúncia a "forças ocultas", frase que Jânio não usou, mas que entrou para a história do Brasil e que muito irritava Jânio, quando perguntado sobre ela.
• No ano seguinte à renúncia Jânio foi candidato a governador de São Paulo sendo derrotado por seu velho desafeto Ademar de Barros.

Recuperou os direitos políticos em 1974, mas manteve-se afastado das urnas inclusive nas eleições legislativas de 1978.
• Jânio Quadros deixou o PTB sete meses depois de sua filiação e tentou ingressar no PMDB, tendo sua entrada indeferida pela executiva nacional do partido, voltando assim ao PTB,
• Foi Prefeito de São Paulo pela segunda vez entre 1986 e 1989.
• Sua saúde frágil o impediu de concorrer à Presidência da República em 1989 (teria recebido inclusive um convite do PSD, que depois lançaria o nome de Ronaldo Caiado)
• Morreu em São Paulo, internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em 16 de fevereiro de 1992, em estado vegetativo, vítima de três derrames cerebrais.
• Sua única filha, Dirce Tutu Quadros, foi eleita deputada federal em 1986 e em 1988 inscreveu seu nome entre os fundadores do PSDB

Carta Renúncia

"Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções, nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta nação, que pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.
"Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração.
"Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo que não manteria a própria paz pública.
"Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida nacional. A mim não falta a coragem da renúncia.
"Saio com um agradecimento e um apelo. O agradecimento é aos companheiros que comigo lutaram e me sustentaram dentro e fora do governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade. O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios, para todos e de todos para cada um.
"Somente assim seremos dignos deste país e do mundo. Somente assim seremos dignos de nossa herança e da nossa predestinação cristã. Retorno agora ao meu trabalho de advogado e professor. Trabalharemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria."
Brasília, 25 de agosto de 1961.



P.s:Este meu trabalho é apartidário,já havia feito anteriormente e vou fazer até chegar na presidência atual...Um abraço e felicidades...
Fábio Brandão
Enviado por Fábio Brandão em 25/03/2016
Reeditado em 25/03/2016
Código do texto: T5584707
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