MINHA MÃE
29/01/2.016
Minha dor por mim se espalha,
Ampliada pela também dor tua,
Remoendo todas as nossas lembranças,
Inda cravada no peito sofrido,
A perda de todas nossas esperanças.
A ti a dor tão silenciosa,
Patente a seres então desligados,
Atento ao teu dormir sereno,
Repondo as forças à força,
Em frente ao teu silente esperar,
Como ciente deste fim terreno,
Incômodo aparente, tão inteiro,
Dada a circunstâncias impostas
À luz do tempo escasso e passageiro.
2.016