1299-O BURRO QUE LEVAVA RELÍQUIAS-( 12 )-SÉRIE FÁBULAS - SÉRIE: “O mais BELO VALE de Minas” Nº 139

1299-O BURRO QUE LEVAVA RELÍQUIAS-( 12 )-SÉRIE FÁBULAS - SÉRIE: “O mais BELO VALE de Minas” Nº 139

Acróstico-alegórico com Preceitos

aprendidos em Belo Vale,

Por Sílvia Araújo Motta

O-O burro julgou-se adorado pelos homens!

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B-Belas honrarias com olhares de admiração,

U-Uma multidão que aplaudia, até ajoelhava

R-Reverenciando o burro que passava pelas

R-Ruas da cidade, carregando relíquias santas.

O-A animal esteve a marchar soberbamente...

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Q-Quantas pessoas,rezavam,entoavam hinos!

U-Umas, até queimavam velas e incensos.

E-Em homenagem ao santo, tocavam sinos!

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L-Logo que alguém viu a pose do animal

E-Esclareceu o mal entendido, sofrido!

V-Verdadeira fé se alia à humildade,

A-Ao colocar acima de si,o poder de Deus.

V-Vários “Narcisos da vida”peças decorativas,

A-A esconder o vazio e a camuflar a solidão.

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R-Relíquias são esquecidas, abandonadas.

E-Elogios nem sempre são indícios reais!

L-Lisonjeiros julgamentos sobre si mesmo,

Í-Indicam presunção baseada em aparências.

Q-Quando há imodéstia, autoconfiança em excesso,

U-Umas pessoas recebem elogios que não são delas.

I-Indivíduos criam fantasmas mentais, só por vaidade!

A-A alma assemelha-se à “cornucópia” da Grécia,

S-Símbolo de plenitude, capacidade, prosperidade.

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Resumo e Comentário:

A modéstia requer auto-estima e disciplina. A verdadeira simplicidade consiste no ato de nos despirmos da auto-admiração lisonjeira, do narcisismo e das falsas noções a respeito de nós mesmos, para tratarmos do que é verdadeiramente real.A nossa essência imortal está repleta de riquezs imensas e infinitas; nosso espírito é fonte inesgotável de poderes ilimitados e eficazes.Da mitologia grega para a vida, relacionado à infância de Júpiter, temos a imagem do vaso corniforme com flores e frutos...e a cornucópia, símbolo da abundância, da profusão gratuita dos dons divinos que trazem na essência de cada um, aguardando para serem despertados.

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“O orgulho é igual em todos, só diferem os meios e a maneira de o mostrar.” (François VI, duque de La Rochefoucauld e príncipe de Marillac-Paris:1613-1680).

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Belo Horizonte, 3 de julho de 2007.

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Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 04/07/2007
Reeditado em 21/09/2023
Código do texto: T552481
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