ANA CAROLLINA
Rio, 11/08/98.
Acorda pela manhã a passarada
Nos seus cânticos louvam retinindo
Ao ouvido, ouvi-los, é muito lindo!
Cobre o campo um manto branco,
A grama orvalhada se levanta preguiçosa,
Rasga o silêncio o silvo do vento,
O curvar da árvore majestosa
Lembrando que devemos reverência.
Longe o monte mostra imponência,
Indizível o cantar da cachoeira,
Nota a nobreza nos frutos da amoreira.
As abelhas afagam as belas flores,
Voam entoando cânticos em amores,
Indubitáveis palavras vertendo,
Em recompensa o néctar recebendo.
Rios adentram as verdes matas
A espelhar sua inconfundível beleza,
O mar sereno espera-os de braços abertos.
Levantando os olhos, vês o céu azulado,
Imprevisto voo das gaivotas o tem cortado,
Vias fazem sem observar direção
E lançam gemidos como canção.
Isto tudo tem o reger de Minha Mão!
Retenho todo direito sobre teu ser,
A prova é que ressuscitei depois de morrer!