CHUVA FINA
 
A chuva fina cai à revelia,
Como a tocar piano na vidraça,
Dando aos telhados uma assepsia
Enchendo as ruas de charme e graça.
 
Nos guarda-chuvas faz estrepolia,
Na pressa das pessoas pela praça;
A sua dança é como acrobacia,
Molhando a cabeça de quem passa...
 
Mas para mim é dor que alucina,
Pois foi num dia, assim, de chuva fina,
Que meu amor se foi e não devia...
 
E, desde então, a chuva fina e ingrata,
Cai dos meus olhos, feito uma cascata
De solidão, saudade e agonia...


Jorge de Oliveira




CHUVA FINA



C huva trás ela de volta
H armoniza este coração
U ma cascata de lágrimas no chão
V em e acabe com esta solidão ou
A cabe de vez com a paixão.

F oi com estes versos
I nspiração de um momento triste
N a chuva todo o universo
A contece por saber que ela existe.



Angélica Gouvea

 
ANGELICA GOUVEA e JORGE OLIVEIRA
Enviado por ANGELICA GOUVEA em 26/09/2015
Código do texto: T5395178
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.