6035-HOMEM PRODUTO DO MEIO? TEORIA FALACIOSA. - Acróstico-reflexivo - Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
6035-HOMEM PRODUTO DO MEIO? TEORIA FALACIOSA.
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Acróstico-reflexivo nº 6035
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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Tema: -Meio!...Influência Inelutável!
Falácias da Vida Humana (XIII)
Autor: Klinger Sobreira de Almeida.
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H-[Homem, por destino é o produto do MEIO]
O-Onde nasce, cresce e vive? (É uma falácia!)
M-Marx e Jean-Paul Sartre defendiam essa ideia;
E-Ensinamentos da Bíblia, sobre o Bem e o
M-Mal, relatam o livre-arbítrio. Na realidade,
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P-Pressuposta "existência precede a essência;"
R-Responsável pelas relações sociais, virtuais
O-Ou até pelas reais condições de consciência;
D-De abordagem instigante traz no cunho social,
U-Um tema abarcante, constante na atualidade
T-Traduzida com rica teoria multidimensional,
O-Onde repudia a [gênese de um criminoso];
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D-[Dos Espíritos Vencedores] ficam exemplos;
O-Origem, não justifica {filho ser tal qual o pai.}
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M-Mutável é o aperfeiçoamento humano,
E-Exemplar que cumpre [provas ou missões]
I-Independente do ambiente contaminado:
O-O [MEIO] não exerce [influência inelutável.]
---{NÃO EXISTEM ALMAS IGUAIS!}---
Belo Horizonte, 4 de setembro de 2015.
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http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/5369887
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Falácias da Vida Humana (XIII)
– Meio!... Influência Inelutável –
Inelutável é um adjetivo forte. Significa ter pela frente uma barreira intransponível, algo implacável contra o qual é impossível lutar. É o abater-se, curvar-se ao destino.
Quando jovem, tive um professor de Criminologia que, explicando-nos as raízes do crime, trouxe à baila a teoria de que o meio exerce uma influência inelutável na gênese do criminoso. Isto é, a criança que se desenvolve em ambiente moralmente apodrecido ou sórdido – nicho de ladrões, prostituição, tráfico de entorpecentes... - fatalmente cairá nas malhas do crime. É a teoria da inevitabilidade do mal.
Ao longo da vida - transitando intensamente pelas áreas de polícia de patrulha e investigação, percorrendo o terreno pantanoso do crime e interagindo com criminosos de diferentes matizes – fui observando, constatando as realidades e adentrando às obras de estudiosos e pesquisadores, inclusive aqueles alinhados à espiritualidade. E assim, vendo e pelejando, como dizia Camões, formei meu juízo negativo sobre a teoria da influência inelutável do meio na gênese do criminoso, repudiando-a.
Nosso planeta é habitado por Espíritos de variados graus de desenvolvimento moral – uns bens elevados espiritualmente, outros na faixa média, e razoável quantidade ainda rastejando - que vêm de uma jornada cósmica milenar, trazendo um acervo imenso de experiências tanto positivas como negativas. Não existem Almas iguais; cada uma, nesses bilhões de seres, traz sua história, sua experiência milenar, suas lendas, seu roteiro de glórias e tragédias, seu nível consciencial peculiar. E dentro dessa concepção, o ingresso em uma vida terrena se faz segundo as necessidades combinadas entre o avanço da Alma e a prestação que ela deve realizar no campo do progresso e da fraternidade. E aqui vale a assertiva de que o Ser Humano – habitáculo da Alma – caminha olhando à frente e para o alto, estendendo as mãos aos irmãos que tropeçam ou precisam de ajuda ao reerguimento, mas também olhando para dentro de si, vasculhando-se interiormente, visando aperfeiçoar-se. Nesse desiderato, deve cumprir suas provas, ou missões, e uma boa prova é saber caminhar na lama sem enlamear-se, ou chafurdar-se, espargindo a luz do exemplo. Estes são os Espíritos vencedores.
A história humana tem evidenciado que dos ambientes contaminados moralmente emergem notáveis figuras humanas, dignas de maior relevo, porque, lutando contra adversidades, alcançam elevados patamares na sociedade, ora como profissionais liberais ou empresários de sucesso, ora funcionários públicos ou técnicos de alta envergadura, ora renomados escritores ou artistas... Estes, conforme o posicionamento que atingem, atuam na qualidade de fatores regeneradores do meio ou agentes de transição de suas famílias. Desses meios saem delinquentes? Sim. Mas os delinquentes surgem também, e em grande número, das famílias bem equilibradas da classe média e, não raramente, das elites.
Na verdade, essa teoria da influência inelutável do meio é uma construção meramente intelectual - preconceituosa e descabida - que tem por escopo estigmatizar o ser humano pela sua origem. É uma ideia sem fundo científico. Nem moral. Nem espiritual. Em suma, uma teoria falaciosa.
Klinger Sobreira de Almeida - Militar Ref./PMMG, membro efetivo da ALJGR (Academia de Letras João Guimarães Rosa da PMMG)
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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2015/09/falacias-da-vida-humana-xiii-meio.html