6031-FALÁCIA VERBORRÁGICA - Acróstico-reflexivo - Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
6031-FALÁCIA VERBORRÁGICA
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Acróstico-reflexivo nº 6031
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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F-Falácia da Vida Humana (XII) do autor Klinger
A-Apresenta a primaz característica da pessoa
L-Loquaz ao ridículo que não consegue convencer
Á-Aos ouvintes ou leitores, a [essência do
C-Conteúdo] extenso que é sempre ineficaz,
I-Inútil, na complexidade dos cinco sentidos
A-Argumentados à [teia das relações humanas;]
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V-Vale ressaltar que a VERBORRAGIA não tem
E-[Equilíbrio harmônico, nem serenidade;] não é
R-Recepcionada pelo valor essencial das palavras,
B-Bem pensadas, úteis, convenientes, inteligentes.
O-O discurso gárrulo tem no momento tedioso
R-Razões da crítica do assistente passivo silencioso,
R-Referência ao interlocutor tagarela, verboso...
Á-[Amadurecimento crítico], do valoroso silêncio:
G-Gratificante vem sendo alertado, por experientes,
I-Inúmeros estudiosos [sábios, pensadores e místicos.]
C-[Cósmica interação humana,] sempre permanente
A-Assinala a sabedoria do [ver, ouvir, pensar] e agir.
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Belo Horizonte, domingo, 30 de agosto de 2015.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/5365054
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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2015/08/falacias-da-vida-humana-xii-verborragia.html
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FALÁCIAS DA VIDA HUMANA (XII)
- Verborragia!... Característica de Afirmação –
Klinger Sobreira de Almeida*
Verborragia, palavra feia, mas é o melhor termo para definir a pessoa loquaz, que fala em demasia, porém seu palavrório - desimportante e sem conteúdo – se espremido, produz pouca ou nenhuma essência.
O loquaz (ou verborrágico) pode ser seu parente, amigo, companheiro de trabalho, subordinado, gerente, comandante, diretor... Quando seu interlocutor habitual, torna-se um sacrifício, mormente se há, entre você e ele, uma relação de subordinação que o obriga a ser assistente passivo de um discurso tedioso, maçante e inobjetivo.
O grande problema do ser humano é a dificuldade em se olhar – ver dentro de si – e se reconhecer como verdadeiramente é. Quando se olha, é o olhar narcisístico, a glorificação: - Sou o mais bonito e inteligente da turma! Não tenho defeitos! Sou perfeito! Aliás, Sócrates, há 2.500 anos, repudiando as falácias e os sofismas, já convocava seus coetâneos: “Conheça-te a ti mesmo”. Estes fizeram ouvidos moucos, e a humanidade o faz até os dias de hoje.
Quase ninguém – os que conseguem constituem minoria! – é amadurecidamente crítico para olhar-se, vasculhar-se interiormente e reconhecer seus defeitos, seus pontos fora da curva, suas idiossincrasias perturbadoras. O normal é o olhar indulgente sobre si mesmo. Os defeitos se obscurecem, e o rigor, quase sempre excessivo, é direcionado aos defeitos alheios, maximizando-os e tomando-os como intoleráveis.
Os sábios, os pensadores e os místicos nos têm alertado, a centenas, para o excesso verborrágico, e a virtude do silêncio. Eis alguns: “Cala-te, ou dize coisas que calham mais que o silêncio. Antes atirar uma pedra ao acaso que uma palavra inútil. Não digas pouco em muitas palavras, mas muito em poucas” (Pitágoras); “A palavra é prata, e o silêncio, ouro” ( Carlyle); “Você fala tanto que não consigo ver como realmente é sua pessoa”( Waldo Emerson); “O homem que sabe não fala; o homem que fala não sabe” (Lao-Tse); “Quem muito fala, pouco pensa” (C. Dossi); “ Só se deve falar quando a fala melhora o silêncio” (Rubem Alves).
Os cinco sentidos – fala, audição, visão, olfato e tato – são dádivas que nos permitem o relacionamento com o mundo que nos rodeia. Devem ser usados numa dimensão de equilíbrio, considerando que o homem é permanente interação cósmica – recebe e doa energias. Quem fala demais, desperdiça energia, esgota-se: ouve pouco, vê limitadamente, sente quase nada e tem pouca percepção das coisas. Quem escuta, com calma e paciência, entende o outro, e faz reserva de energia para a ação.
Nessa complexa teia de relações humanas - fatos, acontecimentos e deveres inerentes aos nossos papéis – temos de decidir, seguir caminhos e dar rumos. O uso dos cinco sentidos, ou alguns deles, se impõe no processo decisório. Então, cada momento é um momento de sabedoria. Ver, observar e pensar... Ouvir é precioso na estruturação do pensamento e retém energia. A fala, para ser bem recepcionada – contendo o essencial nas palavras - deve ser parcimoniosa, bem pensada. Com isto, nossa presença, ou nosso intercâmbio, ou nossa atuação, far-se-á em clima de equilíbrio harmônico e serenidade.
Quem pensa que falando em demasia se impõe – que esse modus é premissa de afirmação no meio em que convive – está redondamente enganado. Elegeu um modelo falacioso, que não só o enfraquece, mas pode torná-lo insuportável, inconveniente, e até ridículo perante seus pares e familiares.
*Militar Ref./PMMG, membro efetivo-fundador da ALJGR.
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