6019- KARMA NA CONSTRUÇÃO DO DESTINO-Acróstico-reflexivo - Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
6019- KARMA NA CONSTRUÇÃO DO DESTINO
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Acróstico-reflexivo nº 6019
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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K-Klinger Sobreira de Almeida, escritor,
A-Apresenta-nos sua [Décima Falácia]
R-Referente [à força propulsora da Alma]:
M-[MEU KARMA] que [traz dentro de si,
A-A potência Divina no Pensamento,
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N-Na Vontade e no Livre-Arbítrio, sem
A-Aceitar aquele entendimento fatalista.]
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C-Com certeza, exige aperfeiçoamento:
O-O [Homem é o construtor de seu destino].
N-Na LEI DO AMOR o porvir é favorável!
S-Se o KARMA for ruim exige buscar a
T-Transformação do que é desfavorável!
R-Resignação passiva é uma Falácia humana!
U-Um Karma bom, altruísta, na verdade,
Ç-Com razão, não se curva à frente de
Ã-Adversidades pessoais, profissionais
O-Ou até familiares; logo busca a coragem,
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D-Diante de situações adversas ou perdas:
O-O caminho é fortalecido pela construção
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D-De remodelação, para a trilha da ascensão,
E-Em que a Natureza Humana não deve
S-Submeter-se à RESIGNAÇÃO PASSIVA;
T-Torna-se necessária a conscientização
I-Invertida pelo Dono do Processo, que
N-Na realidade, deve buscar a verdade:
O-O elo em Deus Redentor fortalece a vida.
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Belo Horizonte, MG, 15 de agosto de 2015.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/5346956
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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2015/08/meu-karma-falacias-da-vida-humana-x.html
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PARA REFLEXÃO:
Falácias da Vida Humana (X)
- Meu Karma... –
Klinger Sobreira de Almeida*
O tema anterior – Resignação ou Revolta, com elo em Deus – não esgota as idiossincrasias das pessoas diante de situações adversas ou perdas. Há outro espectro no seio da humanidade. Este, lastreado numa ensinança oriental, erige um mantra justificativo: “Meu Karma”.
Karma, no contexto do misticismo Hindu - orientado pela crença nas vidas sucessivas – situa-se no plano da Lei da Retribuição. As ações desenvolvidas em uma vida refletem, bem ou mal, na vida subsequente. Se uma pessoa foi altruísta, e fez sua travessia terrena segundo os princípios da Lei do Amor, continuará, numa próxima vida, fortalecida na trilha da ascensão. Se, ao contrário, caracterizou-se pelo egoísmo, e teve como farol a Lei da Maldade, criou para si um porvir desfavorável. Nessa linha, foquemos o Karma numa metáfora geográfica: O indivíduo edifica o cenário que atravessa. Ao concluir sua viagem terrena, poderá deixar, à esteira, pântanos fétidos, penhascos e terras arrasadas, ou, reversamente, jardins floridos, pomares sumosos, montes arborizados. O cenário, tal qual edificado, será o sítio de seu retorno.
Nesse prisma, o dia-a-dia nos possibilita encontrar pessoas plenas de problemas que atribuem suas situações adversas ou perdas ao Karma. É uma senhora cujo filho envolveu-se em droga e delinquência: - Essa ovelha tresmalhada é o meu Karma. Ou alguém que ficou paraplégico em decorrência de um acidente: - É o meu Karma. Poderíamos alinhavar centenas de casos. Para essas pessoas, o Karma é uma fatalidade - o maktub (estava escrito) do árabe. É o destino do qual não se pode fugir. Então, resta a resignação passiva. Porém é uma resignação em que o recipiendário das adversidades ou perdas culpa a si mesmo. Entende ele que está sofrendo os efeitos de causas pretéritas que lhe são inerentes, não havendo como reverter o destino fatal.
Essa passividade, com aceitação de uma culpa difusa na causa, contraria a natureza humana. A Alma, que anima o corpo, traz, dentro de si, a potência divina: o pensamento, a vontade e o livre-arbítrio. Portanto, e esta é uma verdade cediça, o homem é o construtor de seu destino. Não pode nem deve se curvar diante das adversidades pessoais, familiares ou profissionais. Beethoven, após a surdez, produziu grandes obras musicais, inclusive a imortal 9ª Sinfonia, declarando: - “Eu enfrentarei o destino; ele nunca me abaterá”.
O Karma não é esse entendimento fatalista do maktub. Ao contrário, é força propulsora da potência da Alma. Se o Karma é bom, o viajor buscará o aperfeiçoamento. Se o Karma é ruim, há o dever de remodelar a geografia desfavorável: aterrar os pântanos fétidos, transformando-os em jardins floridos. Ninguém é vassalo do Karma; e sim, dono. Resignação, talvez! Mas não passiva, e sim, ativa, corajosa...
E, por derradeiro, exemplo hipotético: Um homem que, em vida pretérita, foi algoz de crianças, submetendo-as a trabalho escravo em sua fazenda, à fome e à morte, poderá, na sequência de vidas, tornar-se o salvador de crianças famintas, grande educador e mobilizador em prol da erradicação da miséria. Eis a propulsão do Karma.
“Meu Karma”, como justificativa de resignação passiva, é uma falácia.
*Militar Ref./PMMG, membro efetivo-fundador da ALJGR
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