6013-RESIGNAÇÃO É VÁLVULA DE ESCAPE - Acróstico-reflexivo- Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
6013-RESIGNAÇÃO É VÁLVULA DE ESCAPE
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Acróstico-reflexivo nº 6013
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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R-Resignar-se ou curvar-se, passivamente,
E-É deixar de lutar, sem querer vencer;
S-Sem cultivar o pensamento positivo
I-Inverso, não se reconhece que crer,
G-Garante que [Deus é VIDA], portanto
N-Na VIDA que habita o SER, com Livre
A-Arbítrio, o HOMEM, certamente, será
Ç-[Construtor do seu destino] usando
Ã-A ígnea [centelha divina da inteligência]
O-Ostentando atuar sob o [Princípio do Amor]
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É-Entronizando o desejo de se ter felicidade.
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V-Vê-se [reações comuns entre os humanos]
Á-À [visão distorcida, errônea, inconsequente]
L-Ligada à revolta contra Deus, por ignorância
V-Verificada contra [adversidades e deficiências.]
U-Uma forte reação é a determinação para vencer,
L-Levada pelo itinerário iterativo de várias relações
A-Acentuadas, identificadas por costumes, tradições
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D-Definidas como cultura propagada entre nações.
E-É [inevitável a Lei da Retribuição] da semeadura:
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E-Explica que não [não há acaso, nem sorte, nem azar].
S-Sem dúvida, [resignação não é VIRTUDE] é sim, uma
C-[Covardia] pela inércia que leva à [válvula de escape.]
A-A [TRAJETÓRIA CÓSMICA DA ALMA] deve fortalecer-se;
P-Para se chegar à VITÓRIA é preciso acreditar e dizer:
E-[Estou imerso na energia infinita de Deus: NAMASTÊ.]
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Belo Horizonte, domingo, dia dos Pais, 9 de agosto de 2015.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/5340150
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PARA REFLEXÃO:
Falácias da Vida Humana (IX) - Resignação! Uma Virtude... Ou Revolta! Válvula de Escape... – Klinger Sobreira de Almeida*
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Resignação - na conotação de adversidade ou perda - é aceitação passiva, sujeição a uma vontade, conformar-se com um destino desfavorável, curvar-se sem lutar... Segundo Balzac, é um suicídio cotidiano. Revolta é reação agressiva. Sentimento de repulsa virulenta. Não aceitação exasperante de coisas e fatos. Insubmissão...
Resignação à pobreza. À miserabilidade. À doença. Ao sofrimento. Eis uma vertente, cristalizada como cultura, em segmentos populacionais, acentuadamente religiosos, do ocidente-cristão. Porém, também em camadas religiosas, temos o polo oposto: a vertente da revolta contra todas as adversidades. É o pobre revoltado. O doente grave inconformado. O sofredor exasperado.
O paradoxal nessa bipolaridade, quando as adversidades ou as perdas assolam as pessoas, é que, não obstante em polos opostos, invocam um mesmo agente causador. De um lado, na resignação, a humildade lastreada na fé – o padecimento permanente, ou eventual, aceito passivamente - é o passaporte para o reino do céu. De outro, na revolta, não há aceitação, o sentimento é de injustiça, e daí a irresignação, a blasfêmia...
Junto às pessoas que perfilam a crença na conformação com os males de toda a natureza, é comum ouvir, às vezes em lamento piedoso: - Deus assim quis! Curvo-me à vontade de Deus! O reino de Deus é dos pobres! Não se discute os desígnios de Deus! Mas, entre os revoltados, o discurso é diferente, as proclamações, ditas em alto tom, muitas vezes através da mídia, carregam choro e ranger de dentes, e são injuriosas: - Deus não existe! Deus foi cruel levando meu bondoso filho! Deus é injusto, deu a uns o berço de ouro, e a mim, a choça miserável! Deus, para mim, morreu! Deus é perverso! Deus não podia fazer isto comigo! Onde está a bondade de Deus!
Surpreendentes! Incríveis! Porém são reações comuns. Deus é visto como um Ser Maior, que tem o condão de fazer o bem ou o mal; ou consentir na desgraça para salvar ou punir. É uma colocação indevida. Trata-se, à luz da metafísica, de visão distorcida e inconsequente. Completamente errônea. Ignorância lamentável em ambos os polos reativos.
O homem – dotado da centelha divina de inteligência, de potencial imensurável e do livre-arbítrio – é construtor do seu destino. Se seguiu o caminho balizado pelo Princípio do Amor, entronizando o Ser, certamente encontrará felicidade. No entanto, se suas jornadas cósmicas caracterizaram-se por desvios iterativos e caminhos ínvios, sacralizando o Ter, não há dúvida de que cairá em abismos, chafurdará na lama, colherá frutos venenosos. No tema VI – Sorte ou Azar – uma inferência emergiu cristalina: Não há acaso; nem sorte; nem azar. A Lei da Retribuição é inevitável. Se ela veio em forma de doença atroz, perda dolorosa ou experiência da pobreza, o ser humano não pode sucumbir nem revoltar-se. Tem de se acreditar forte e, com fé, reagir, superar, transpor, chegar à frente: Vencer!
A história nos mostra milhares de pobres que não se conformaram. Atravessaram trilhas escabrosas e se elevaram no patamar socioeconômico. Também milhares de pessoas não se curvaram às adversidades e deficiências. A guisa de exemplo, dois casos: (1) No século passado, a escritora, jornalista, conferencista, filósofa e ativista social Helen Keller, que morreu em 1968, aos 87 anos. Surdez e cegueira, adquirida aos 19 meses e que lhe acompanharam até a morte, não lhe obstaram a inserção plena nas atividades do bem. (2) O cientista Stephen Hawking, aos 73 anos – apesar da rara doença degenerativa que o acometeu, quando jovem, paralisando-lhe os músculos – hoje, suas palavras são captadas pelo movimento dos olhos – não parou. É paradigma no campo da Astronomia e da Física.
Em suma, diante das adversidades e perdas nesta travessia humana, resignação não é virtude, e sim, covardia, inércia... E revolta, blasfemando contra Deus, é idiotice que agrava a trajetória cósmica da Alma. A via correta é cultivar pensamento positivo e fortalecer-se interiormente. Reconhecer que Deus é Vida, e a Vida habita em ti. Assim, no teu silêncio interior, dize, com fé sincera e inabalável: Eu, o finito, estou imerso na energia infinita de Deus: HEI DE SUPERAR... HEI DE VENCER...
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*Militar Ref./PMMG, membro efetivo-fundador ALJGR.
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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2015/08/falacias-da-vida-humana-ix-resignacao.html