ANTENOR ELCIO, O POETA DA DOR
Amigo amado! Deves estar muito ocupado com teus pacientes,
pois além de poeta és médico.
Nada, porém, justifica o distanciamento da poesia. Ela Clama
por ti. Volte “poeta da dor”.
Toda tua vida é um poema de amor. Cante à vida, poeta!
Esta é tua tarefa terrena, além de vidas, cuidar do espírito, tua
poesia alimenta almas.
Navegue nas ondas do mar de rimas, tome o timão no barco
da poesia, viaje nessa aventura.
Orgulha-te do dom que Deus te deu. Deixe fluir em tuas veias
o sangue do bardo que, em vão, tentas ignorar.
Radiantes ficaremos nós, teus leitores, quando voltares ao
Recanto das Letras.
Euterpe, uma das nove musas do Olimpo, convida suas
companheiras pra festa do teu retorno.
Lindas músicas serão entoadas por alegres ninfas, de vozes
límpidas, como o som do cristal.
Canções que falam da beleza da amizade pura, ecoarão no espaço.
Idílios nascerão no momento do teu retorno, mãos se tocarão
com suavidade e ternura.
Ondas de amor cairão sobre ti, e sobre todo o universo,
só porque tu, “poeta da dor”, retorna à poesia.
Claraluna = Hull de La Fuente
Meu apelo a ti, em forma de acróstico, poeta amado.
Torni da me, torni da noi che ti vogliamo tanto bene.
Brasília, 19/06/07