ROSIMEIRE
Rio, 16/07/2015.
Ruas desertas e sem poesias,
O coração acelerado de palavras,
Sonetos impregnados de fantasias,
Inda são sementes na terra que lavras...
Mas como entender tal estro
E que nasce sem qualquer explicação?
Inspira o ser lá na alma,
Rompendo a casca brota folha de emoção
E depois te faz flutuar em sublime calma.
Lua no céu, olhar de poeta,
Escorre a luz molhando a rua,
A lucidez se torna tão crua,
Lágrimas no olhar que a interpreta.
Dor que dói sem doer,
Angustia que rói sem roer...
Mas o poeta é forte sem o ser!
O poema consome toda sua verve,
Todo seu ser delira em prantos,
Talvez sua alma se derreta em cantos...
A poesia é senhora e o poeta só a serve!
Poemas exalam do perfume da solidão
Isso fecundado lá no âmago do coração,
Rios de palavras que rimam em amor
E o poeta se torna como um vate então.
Do seu estro saem olhos para ver a Flor,
Da sua alma grata cânticos de pleno louvor
À Rosa que vive, mas foi morta por amor!