6005-DINHEIRO É INSTRUMENTO NEUTRO - Acróstico-reflexivo nº 6005 Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
6005-DINHEIRO É INSTRUMENTO NEUTRO
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Acróstico-reflexivo nº 6005
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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D-[Dinheiro traz felicidade] somente pelo TER?
I-Imediata é a resposta dos vários ricaços:
N-Não!-Porque é apenas o instrumento neutro!
H-Homem no [modus operandi] de aquisição
E-E uso é que irá [construir sua felicidade ou
I-Infelicidade]. Pode-se ver a insatisfação
R-Revelada por [executados por tráfico de drogas,
O-Ou mergulhados no tédio] e suas consequências!
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E-Em muitos casos de fraudes e corrupção são
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I-Identificados os que colocam o dinheiro,
N-No foco da vida, nesta travessia terrena;
S-São muito apegados aos desejos imediatos,
T-Transitórios, desnecessários nos excessos;
T-Retrocedem ao arrependimento tardio, dão
U-Um passo atrás, pois se esqueceram de SER!
M-Milionários empobrecidos fazem suas queixas
E-E reconhecem que os gastos foram exagerados,
N-No tempo que deveriam poupar para o futuro,
T-Tampouco não ajudaram os menos favorecidos,
O-Ou melhor, no egoísmo não tiveram solidariedade.
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N-Nos valores terrenos...temos a {consagração do TER
E-Em detrimento do SER} que solicitam o equilíbrio de
U-Um ser humano, bem dentro de suas possibilidades.
T-Ter DINHEIRO é ter um instrumento para ser FELIZ
R-Refletido o interior de quem planta, colhe e reparte
O-O bom FRUTO adocicado com sabor da VERDADE.
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Belo Horizonte, domingo, 26 de julho de 2015.
Dia dos Avós!
Festa para os avós de Jesus: Joaquim e Anna.
PARABÉNS A TODOS OS AVÓS!
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http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/5324176
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Falácias da Vida Humana (III)
- Dinheiro Traz Felicidade –
Klinger Sobreira de Almeida*
Um Rei - soberano absoluto, detentor de riquezas incalculáveis e fabuloso harém – mergulhou, certo dia, em profunda depressão. Nada o reanimava. Chamados os sábios do império, um deles deu o norte: Se o Rei vestir, pelo menos por um dia, a camisa de um homem feliz, será agraciado com a cura de seu mal. Os áulicos se movimentaram pelo vasto território. Inquiriram milhares, mas em vão; todos apresentavam uma fissura que impedia a felicidade. Já desanimados e retornando frustrados, depararam com um humilde camponês que lavrava a terra. Questionaram-no, e ele respondeu: - Sou um homem feliz. Planto, colho e distribuo. Fortaleço-me nas dificuldades. Tenho a compreensão e o apoio da família. E Deus vela por mim - Os mensageiros, em aprofundadas verificações, inclusive no tosco barraco, regozijaram-se: haviam encontrado um homem feliz. Trocariam sua camisa por muito ouro e levá-la-iam ao soberano. Porém, a surpresa! Quando lhe pediram a camisa, o camponês, simploriamente, disse: - A cobertura de meu dorso é a natureza. Não tenho camisa.
Muitos fazem do “dinheiro” seu foco de vida, o objetivo a alcançar na travessia terrena. Ter muito... Acumular, criando um tesouro que permita comprar tudo – o tangível e o intangível. Dinheiro para dar vazão a todos seus apegos e desejos mundanos. É a consagração do “Ter” em detrimento do “Ser”. E, nesse desiderato, o fim justifica os meios. Então, colocar a inteligência na linha da esperteza ou, como diz o vulgo, passar a perna no vizinho, ou no mundo... Massacrar quem interpuser. Porém, não só isso! A ânsia pelo dinheiro – a ganância, a cobiça... – leva à delinquência de toda ordem: tráfico de drogas, fraude nas práticas comerciais ou na manufatura, inclusive de remédios e alimentos, o despudor da corrupção, a especulação financeira trevosa...
São felizes esses que se ativeram tão somente ao “Ter”? São felizes os que usaram a inteligência, às vezes privilegiada, para se locupletarem em dinheiro e mais dinheiro, adquirindo bens fabulosos, ou escondendo os ganhos ilícitos em paraísos fiscais? Não! É a resposta cristalina. Para tanto, basta que, abrindo nossas janelas ao mundo, tomemos conhecimento da vida de alguns milionários mergulhados no tédio que, não raro, leva ao suicídio; que, olhando os acontecimentos recentes e atuais, vejamos o triste e vergonhoso destino de “alguns ricaços” atrás das grades, ou de infelizes executados na Indonésia por tráfico de drogas.
Na verdade, o dinheiro – entendido em toda extensão do que ele possibilita – é um instrumento neutro. Não é virtuoso nem mal. Não traz felicidade nem infelicidade. É o homem, com seu modus operandi de aquisição e uso, que constrói sua felicidade, ou sua infelicidade.
Quem se escraviza ao TER faz do dinheiro seu inferno de infelicidade. Quem faz do SER sua estrela-guia, torna o dinheiro instrumento de promoção do bem-comum. Faz seu céu de felicidade e estende-o ao próximo.
*Militar Ref./PMMG, escritor, membro da Academia de Letras João
Guimarães Rosa
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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2015/07/falacias-da-vida-humana-iii-dinheiro.html