CORSINO FORTES

CORSINO FORTES

Contigo falei poucas vezes e Como contaste um pouco de ti

O teu apego a bela natureza e O teu querer natural da vida

Riste e com belo sorriso e ainda Recordo de tudo como se fosse hoje

Sei que gostas do veste branco Sem mancha e nem mácula perfeita brancura

Imagino agora o teu sofrimento, Imensa a dor interior e sem recurso a morfina

Nunca tu usastes medicamento Não estou a inventar, ouvi da tua boca

Os teus Haicais perfeitos, fui e vi O meu sentimento foi tal que fugi antes de chorar...

Fazer o quê para ti Poeta? Não Farei um poema nem uma poesia

O Poeta és tu e não eu, grande Obreiro Cabo-verdiano das lindas Musas Crioulas

Rezar por ti e pedir aos céus Remédio que o teu organismo aceita e bem

Tolera e que hoje a Natureza Tão tua amiga te nega e te deixa deitado

Eu por cá sinto as lágrimas vejo E revejo o pouco que contigo falei e sem, amigo,

Sermos apresentados e nem Sei como a conversa começou, tu culto e eu ignorante!

João Pereira Correia Furtado

Praia, 24 de Julho de 2015

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João Furtado
Enviado por João Furtado em 24/07/2015
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